sábado, 25 de julho de 2020

SINDSERM e SEME discutem plano de ações para o retorno das aulas não presenciais em Picos



A Diretoria Executiva do SINDSERM participou de reunião com os representantes da Secretaria Municipal de Educação (SEME) com o objetivo de discutir o planejamento para retorno às aulas não presenciais dos alunos matriculados na Rede Municipal de Ensino que está prevista para o mês de agosto. A reunião ocorreu na tarde de quinta-feira, 25 de julho.


A Vice-Presidente do SINDSERM, Edna Moura, iniciou o debate questionando se existe um Plano de Ação que possibilite a retomada das aulas não presenciais, se há materiais didáticos suficientes para serem entregues aos alunos e como será realizada a capacitação/formação aos Professores. E, também, solicitou que os Profissionais sejam consultados e ouvidos no desenvolvimento das atividades para maior integração entre as partes envolvidas no processo educacional.


Em seguida, a Presidente do SINDSERM, Lenice Sales, solicitou que a Secretaria Municipal de Educação faça o levantamento financeiro, afim de se ter conhecimento do impacto financeiro que as Progressões teriam para as finanças da Secretaria e também solicitou que seja reaberto o protocolo para receber as demandas que por ventura algum professor ou professora venha fazer. 



Em resposta, o Secretário, João de Deus, informou que a Secretaria, em conjunto com os Professores e Professoras, estão desenvolvendo os programas: “Educação Conectada” e “Educação e Família” que tem as seguintes propostas:

- O programa “Educação Conectada” beneficiará 25 Escolas do Município e tem como objetivo apoiar a propagação do acesso à internet para motivar o uso pedagógico de tecnologias digitais na Educação Básica. A iniciativa é do Plano Nacional de Educação (PNE). 

- O programa “Educação e Família” que é o Plano de Ação com as diretrizes para interações pedagógicas ministradas remotamente e de assistência aos alunos durante o período que suspende as atividades escolares presenciais. Entre os principais objetivos do programa estão: Guiar os processos de aprendizagem durante o processo de isolamento social e definir os materiais e metodologias de atendimento aos alunos e familiares ou responsáveis.


        Ainda de acordo com o Secretário João de Deus:
“Na organização das atividades não presenciais, vamos priorizar a distribuição dos cadernos de atividades que serão entregues impressos aos alunos da Rede Municipal e criaremos aulas para disponibilizarmos no canal do YouTube para que os 18 Professores formadores (sendo 9 de leitura e letramento e 9 de resolução de problemas) e os 11 coordenadores tornem às atividades eficientes. Além dos cadernos e do canal, os alunos vão ser distribuídos em salas virtuais com um Professor mediador e um articulador para a interação com os alunos”.



A Presidente, Lenice Sales, reconheceu e defendeu a ideia de interação, mas ressalta que não será suficiente para que o ano letivo seja validade, alguns alunos serão prejudicados por não ter acesso à internet, sobretudo, os que moram na zona rural. Em seguida, Lenice alertou para que isso só será possível se a SEME ofertar formação continuada e benefícios que valorizem os Professores e as Professoras.


Por fim, Lenice orienta aos Professores e Professoras que “àqueles que tem direito a progressão, faça seu requerimento e protocole na Secretaria de Educação. Assim como aqueles que tem direito a diferença de classe”.



Nota Técnica do Ministério Público do Trabalho que defende o direito dos(as) Professores(as)

O Ministério Público do Trabalho (MPT) divulgou na terça-feira (23), nota técnica com diretrizes a serem adotadas por instituições de ensino para garantir os direitos de professores que trabalham por meio de plataformas virtuais e/ou em home office durante a pandemia da Covid-19. O documento contém orientações que tratam de assuntos como o respeito à jornada de trabalho dos professores e à irredutibilidade salarial. 
Na nota, o MPT orienta que as atividades pedagógicas na modalidade home office e em plataformas virtuais sejam compatíveis com a jornada contratual dos professores. Portanto, devem ser considerados tanto as atividades realizadas pelo meio digital, quanto o período de capacitação, adaptação ao novo modelo de trabalho, preparação prévia do material a ser utilizado e posterior de orientação e avaliação do aluno. Além disso, a nota técnica estimula a ampliação de intervalos para repouso e a adoção de horários específicos para atendimento virtual, assegurando o direito à desconexão do corpo docente e a compatibilidade entre a vida familiar e profissional.
A instituição também defende a irredutibilidade salarial dos professores, independentemente da modalidade e dos recursos tecnológicos utilizados para elaboração e compartilhamento do conteúdo pedagógico, de realização das aulas, e de aplicação de provas. O MPT esclarece que a redução da jornada de trabalho ou a suspensão do contrato de trabalho somente podem ocorrer se houver de fato a redução da carga horária de trabalho conforme consta na Medida Provisória n. 936/2020.
O documento pede ainda que professores e alunos com deficiência tenham acesso a todos os equipamentos, recursos de tecnologia assistida e acessibilidade, bem como intérprete da Libras, legenda oculta e áudio-descrição, quando necessários.


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