Bancada de oposição
ingressou com representação junto ao Ministério Público para adiar votação do
projeto
Com informações do portal: Informa Picos
A bancada de oposição ao prefeito de Picos,
Pe. José Walmir de Lima, afirma que o projeto que autoriza a suspensão
das contribuições previdenciárias patronais poderá gerar um rombo na
Previdência Própria do município de até R$ 10 milhões.
De autoria do Executivo, o projeto de lei
seria votado nesta quinta-feira, 02 de julho, pela Câmara Municipal de Picos em
duas sessões, sendo uma ordinária e a outra extraordinária convocada pela
presidência da casa.
Cinco vereadores que compõem a bancada de
oposição ao prefeito ingressaram anteontem, dia 1º de julho, com uma representação
junto ao Ministério Público Estadual, solicitando o adiamento da votação para
apreciação da matéria, enviada a casa no último dia 25 de junho.
Assinam a representação os vereadores
Francisco das Chagas de Sousa, o Chaguinha (PTB); Francisca Celestina de Sousa,
a Dalva Mocó (PTB); José Arimateia Luz, o Maté (PP); Antônio Marcos Gonçalves
Nunes, o Toinho de Chicá (PP) e José Joaquim de Carvalho, o Dedé Monteiro (PP).
A representação dos vereadores foi
protocolada e distribuída ao gabinete da 1ª Promotoria de Justiça de Picos.
Retirado de pauta
Previsto para ser votado nesta quinta-feira,
2 de julho, em duas discussões e definitivo, o projeto de lei de autoria do
prefeito Padre José Walmir de Lima (PT), que suspende o recolhimento das
contribuições previdenciárias patronais devidas ao Regime Próprio de
Previdência Social (RPPS) foi retirado de pauta.
Apesar da polêmica e do posicionamento
contrário da bancada de oposição, a suspensão das contribuições previdenciárias
está prevista no artigo 9º da Lei Complementar nº 173, que foi sancionada pelo
Presidente da República, Jair Bolsonaro, no dia 27 de maio e publicada no
Diário Oficial da União, edição de 28 do mesmo mês.
Dívida atual da Previdência Própria de Picos atinge mais de 2 milhões e 300 mil reais neste ano de 2020
No dia 03 de junho, o Sindicato dos
Servidores Públicos Municipais tornou público o relatório atualizado da
PicosPrev em que demonstra o aumento substancial da dívida da
Previdência Própria do Município de Picos nesse ano 2020. Confira os
detalhes:
- Secretaria de Administração (meses de fevereiro,
março e abril de 2020) com dívida no valor de R$ 512.916,50 (quinhentos
e doze mil, novecentos e dezesseis reais e cinquenta centavos)
- Secretaria de Educação (mês de dezembro de 2019) com
dívida no valor de R$ 561.452,51 (quinhentos e sessenta e
um mil, quatrocentos e cinquenta e dois reais e cinquenta e um centavo).
- Secretaria de
Saúde (meses de janeiro, fevereiro, março e abril
de 2020) com dívida no valor de R$ 1.232.771,07 (um milhão,
duzentos e trinta e dois mil, setecentos e setenta e um reais e sete centavos).
Portanto, o valor total da dívida é de: 2.307.140,08 (dois milhões,
trezentos e sete mil, cento e quarenta reais e oito centavos).
Em 29 de setembro de 2017, o Prefeito Municipal,
Pe. Walmir Lima, também sancionou uma Lei que concedeu autorização para parcelamento
das dívidas previdenciárias da Previdência Própria de Picos em 200 prestações
mensais. (Mais informações
clique aqui).
Os recorrentes atrasos dos repasses das
contribuições à Previdência e o reparcelamento dos débitos previdenciários
existentes vêm gerando acúmulo de dívidas milionárias. Motivos tais que
preocupam a todos os contribuintes que temem não conseguirem se aposentar no
futuro.
Prefeitura contesta denúncia da bancada de oposição sobre rombo no PicosPrev
A Prefeitura Municipal de Picos considerou
como totalmente infundada a denúncia feita pela bancada de oposição ao prefeito
Padre José Walmir de Lima (PT) na Câmara de Vereadores, sobre um suposto rombo
de R$ 10 milhões no PicosPrev.
Segundo o Palácio Coelho Rodrigues, a bancada
de oposição estima de forma aleatória um suposto prejuízo financeiro de 10
milhões de reais na Previdência do Município, por conta de um Projeto de Lei
encaminhado à Câmara.
Ressalta a gestão do prefeito Padre Walmir
que o Projeto de Lei encaminhado à Câmara Municipal foi elaborado com base na
Lei Complementar nº 173 de 2020, que estabelece o Programa Federativo de
Enfrentamento ao coronavírus SAR-CoV-2 (Covid-19).
Informa ainda que, atendendo
uma recomendação do Ministério Público Estadual, o referido projeto de lei foi
retirado da pauta de votação e será devolvido à Prefeitura Municipal para
analisar a possibilidade de adequação aos pontos recomendados pelo Ministério
Público.
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