terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Resumo da 11º Bienal da UNE em Salvador-BA


A Presidente, Lenice Sales, e os Diretores, Airton Dias e Verônica Silva, estiveram representando o SINDSERM na 11° Bienal da UNE em Salvador-BA entre os dias 06 a 10 de fevereiro de 2019. A equipe se somou a mais de 6 mil estudantes oriundos de todas as regiões do país para o evento que é considerado “o maior Congresso desenvolvido pela juventude brasileira”.



Resumo


Nos dias 06 a 10 de fevereiro aconteceu em Salvador-BA a 11º Bienal da União Nacional dos Estudantes (UNE). O evento contou com a participação de mais de 6 mil pessoas entre estudantes secundaristas, graduandos e pós-graduandos, representando diversos movimentos sociais e parlamentares.


O encontro teve como objetivos: discutir sobre as ameaças que vem sofrendo a Educação Pública nesse atual Governo e as ameaças a outros setores como a Constituição Federal de 1988, a Previdência Social e o SUS. Portanto, o evento promoveu mesas de debates com temas:

- 30 anos da Constituição Cidadã: democracia e ativismo judicial;
- Perspectivas de trabalho para a juventude, previdência social e economia nacional;
- 30 anos do SUS: em defesa da saúde pública no Brasil;
- Os desafios para uma sociedade crítica e emancipadora no século XXI;
- Escola sem mordaça e autonomia universitária;
- Base Nacional Curricular comum e a escola que queremos;
- Políticas de financiamento para a Educação e a ciência brasileira;
- Educação não é mercadoria: desafios do ensino privado no Brasil;
- Balanço e perspectivas junto ao encerramento do Plano Nacional de Educação – PNE e do Plano Nacional de Pós-Graduação – PNPG,  dentre outras que discutiram sobre a população negra e indígena.

Foi um debate importantíssimo, principalmente agora que se inicia um novo governo e esse vem colocando em pauta discussões antes superadas, como foi a Reforma da Previdência e Escola Sem Partido. Essas são pautas que nos atingem diretamente enquanto classe trabalhadora. Defendemos que pautas como essas precisam ser discutidas e construídas com toda população, o que não vem sendo feito. A Previdência pública hoje é o órgão maior em se tratando de "assistência social", mas se ela perder esse caráter, a sociedade sofre as consequências.

Hoje, o professor está sendo a figura mais execrada pelo Governo. O projeto de lei “Escola sem partido” foi retirado de votação no Congresso ano passado por ser considerado inconstitucional. Então como voltar esse projeto novamente para o CongressoÉ preciso políticas de valorização do professor que ofereça condições dignas de trabalho e autonomia na sala de aula.

O SUS é programa de saúde que, mesmo contendo falhas, atende milhões de pessoas. Não tem como ser transformado em Plano de Saúde popular como vem sendo pautado em discussões governamentais. A maioria do povo brasileiro vive de um salário mínimo, como uma família vai pagar um plano de saúde mesmo que seja popular?

O outro ponto importante que foi bastante discutido foi o encerramento do PNE – Plano Nacional de Educação.  Lei que compreende a educação desde a creche a pós-graduação. Tudo que diz respeito à educação, metas, estratégias para o desenvolvimento educacional e garantia de educação para a população está nessa lei como ficará se o mesmo foi encerrado antes do prazo de sua vigência?

 Foram temas sérios como estes que foram debatidos que debatemos durante esse evento. Repassar para a sociedade os interesses desse governo e traçarmos estratégias para os enfrentamentos perante essas pautas.

É preciso defender a Educação, garantir que seja para todos, sem distinção de credo ou cor. Nossa Constituição, carta magna do Direito, já diz: “todos têm direito a Educação” e, nós, enquanto Sindicato, e cidadãos não abriremos mão deste direito e nenhum que já conquistamos para a sociedade em geral.

Lenice Sales de Moura
Presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Picos



Registros fotográficos: Matheus Alves (UNE)

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