Servidores da Saúde tomam as ruas de Picos para protestar contra atraso no pagamento do salário

Manifestantes percorreram as ruas centrais da cidade e encerraram o protesto em frente ao Palácio Coelho Rodrigues, sede da Prefeitura.

JOSÉ MARIA BARROS, DO GP1

Atualizada em 15/04/2014 - 15h54

Vestidos de preto em sinal de luto, dezenas de servidores da Saúde percorreram as ruas centrais de Picos na manhã desta terça-feira, 15, para protestar contra os constantes atrasos no pagamento dos salários da categoria.

Imagem: José Maria Barros/GP1

Durante o trajeto manifestantes denunciam caos na Saúde de Picos

A manifestação partiu da praça Félix Pacheco, seguiu pela rua coronel Luís Santos, passando pela praça Josino Ferreira, ruas coronel Antonio Rodrigues, Monsenhor Hipólito, Olavo Bilac e Marcos Parente, com parada em frente à sede da Secretaria Municipal de Saúde.

Imagem: José Maria Barros/GP1

Edna Moura, presidente do Sindserm

Com apoio de carro de som e portanto faixas e cartazes, os manifestantes seguiram rumo ao Palácio Coelho Rodrigues – sede do governo municipal. Lá, os líderes fizeram uso da palavra, denunciaram a situação crítica da saúde de Picos e cobraram providências por parte do prefeito Kléber Eulálio (PMDB).

Imagem: José Maria Barros/GP1

Falta incentivo para as campanhas

Os manifestantes também denunciaram as péssimas condições de trabalho e aproveitaram para fazer algumas reivindicações ao gestor, que fora eleito prometendo priorizar o setor de saúde.

Imagem: José Maria Barros/GP1

Manifestação encerrou depois das dez horas da manhã

Reivindicações

Dentre as reivindicações da categoria estão calendário de pagamento dos servidores, condições dignas de trabalho, aprovação e implantação imediata do Plano de Cargos, Carreiras e Salários; insalubridade, repasse da Previdência Própria, regularização do Pis/Pasep e realização de concurso público.

Imagem: José Maria Barros/GP1

Manifestação para em frente a secretaria de Saúde

Durante o trajeto manifestantes carregavam faixas e cartazes denunciando as mazelas da Saúde de Picos. Em um deles estava escrito as frases: “Insalubridade é um direito garantido por lei” e “Não há doença pior do que um salário injusto”.

Imagem: José Maria Barros/GP1

Manifestação parou em frente a Prefeitura de Picos

Outra manifestante segurava um cartaz que denunciava a falta de apoio da gestão às campanhas de prevenção patrocinadas pelo Ministério da Saúde. “Não recebemos incentivos nas campanhas de vacinação”.

Imagem: José Maria Barros/GP1

Manifestação partiu da praça Félix Pacheco

No protesto os servidores denunciaram que Picos precisa urgente de postos da saúde com infraestrutura, exames e consultas suficientes, agilidade na entrega dos exames, consultórios odontológicos, salas de vacina, manutenção dos equipamentos e transporte para as equipes.

Imagem: José Maria Barros/GP1

Manifestantes cobram apoio dos vereadores

Denunciaram também que na Saúde de Picos ainda faltam medicamentos básicos, material para curativo, material para prevenção, material de limpeza e equipamentos de proteção individual.

Imagem: José Maria Barros/GP1

Manifestantes dão volta no Palácio Coelho Rodrigues

Dos quinze vereadores com assento na Câmara Municipal de Picos, apenas Fátima Sá (PSDB) acompanhou a manifestação. Ela usou o microfone e cobrou mais compromisso da gestão para com a saúde do município.

Imagem: José Maria Barros/GP1

Manifestantes fazem paralisação em frente a sede da Secretaria de Saúde

A presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Picos (Sindserm), Edna Moura, considerou como positiva a manifestação. Ela garantiu que a categoria permanecerá mobilizada e tomará as decisões que foram necessárias, não descartando, inclusive, paralisação ou até mesmo greve por tempo indeterminado.

Imagem: José Maria Barros/GP1

Manifestantes gritam palavras de ordem

Outro lado
A reportagem do GP1 tentou falar com o prefeito de Picos Kléber Eulálio (PMDB) ou com o secretário municipal de Governo, Tiago Saunders Martins, mas foi impedida de adentrar no Palácio Coelho Rodrigues. O segurança identificado como Valdir não permitiu a entrada do repórter, argumentando que somente poderia subir no prédio quem tivesse autorização do gestor.

Imagem: José Maria Barros/GP1