A realidade da
má qualidade da educação pública no Brasil deixou de ser prioridade de muita
gente e não apenas dos governos, como prega o discurso do consenso. As
estruturas das escolas permanecem nos moldes dos anos 50; a precariedade na
formação inicial e continuada segue sendo um grande dilema; condições dignas de
trabalho tornou-se uma reclamação em todos os cantos do país; a péssima
remuneração então dispensa comentários. O que fazer?
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Abandonar a missão e deixar milhões de
cidadãos à margem das escolas? Ou mascarar a situação dos que mais sofrem? Você
que paga pela escola de seu filho está preocupado com a situação dos mais de 14
milhões de analfabetos absolutos e um pouco mais de 35 milhões de analfabetos
funcionais no país? A reflexão em torno desses e de outros questionamentos pode
ajudar a reavaliar nossas ações e atitudes e a pensar o que esse exército de
homens e mulheres irão fazer para superar a barreira do preconceito,
analfabetismo e conquistar um trabalho digno num mercado cada vez mais competitivo.
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A educação
brasileira parece não ter mais jeito, ao menos é o que escutamos rotineiramente.
Esse é o mais perverso e cruel
pensamento de manutenção das coisas. Quando defendemos uma educação de
qualidade ou reclamamos o cumprimento dos nossos direitos estamos agindo como
cidadãos conscientes, porém se você apoia malfeitos, mentiras e faz de conta,
aí identificamos um grave problema, talvez o maior e pior de todos.
Procurar
resgatar os valores de uma sociedade onde o respeito, a dignidade, a justiça e
a tolerância prevaleçam é também papel da educação e dos educadores,
especialmente num momento em que a nação vem sofrendo diariamente com atos de
corrupções e violência em todos os níveis e proporções inimagináveis.
Portanto,
mudar a educação no Brasil não depende apenas de ações e/ou políticas públicas
de investimento, mas, sobretudo, da formação do caráter de uma sociedade, e
isso só acontece com EDUCAÇÃO.
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Não vamos desistir de nosso papel enquanto cidadãos comprometidos
na luta pelas melhorias da sociedade, lutando por nossos direitos e cumprindo
com nossos deveres.
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DIRETORIA SINDSERM/PICOS
Texto: Professora Edna Moura